sábado, 11 de junho de 2011

Afraid ~ Chapter 4

- Amiga, você o odeia? – Ashley perguntou sentando a cama e pegando meu travesseiro laranja com detalhes em branco, era o que ela mais gostava. - Sim Ashley, eu o odeio - sentei ao seu lado pegando uma pequena almofada branca.
- Mesmo? – ela mexia no travesseiro. Ash sabia que eu ainda sentia algo por ele. Bom, acho que todos sabem... Eu deixo tão claro assim? Talvez eu devesse fazer com que ninguém percebesse, que ninguém nem pensasse nessa hipótese.
- Sim. – sorri para ela, mas ela me olhou com uma cara de desconfiada. Eu sabia que ela não ia cair. Ela me conhece há anos! Talvez ela eu não consiga enganar, mas quem sabe os outros? Vou pensar bem nisso depois – Ok, Ashley. Eu o odeio, mas também não é só ódio que eu sinto por ele. – afoguei minha cabeça na almofada sentindo o perfume que lavada, depois senti também a mão de Ash na minha cabeça.
- Fala pra ele, Van. Conta o que sente! – parecia que ela queria me consolar. Sua voz era calma. Levantei a cabeça.
- Como se ele fosse querer algo comigo! – falei como se fosse uma coisa óbvia e ela sorriu.
- Ele quis uma vez, Vanessa. Se ele te perturba tanto! Entenda que você tem chance! – Ashley tacou o travesseiro em mim e eu sorri tacando nela de volta e assim começou uma guerra de travesseiros; A sorte é que eles não eram de pluma, senão eu teria que arrumar tudo antes da minha mãe chegar.

- Bom dia, minha gente linda! – Zachary parecia feliz quando chegou. Sorriu e mexeu no cabelo, seu perfume invadiu meu nariz trazendo uma ótima sensação e me deixando arrepiada.
– Oi, Efron.
- E aí Zachary, tudo na boa? – Harry o cumprimentou enquanto Ash me estudava, examinando todas as minhas expressões quando eu me aproximava dele... Bom, do jeito que a conheço é, com certeza isso.
- Pô, cara, tudo ótimo e contigo? – Zachary respondeu Harry, mas eu não quis prestar atenção no resto da conversa.
Depois de uma longa conversa o sinal tocou e fomos todos para sala.

- Trabalho em dupla, valendo nota! – a professora falava o que tínhamos que fazer eu estava com a cabeça apoiada na mesa.
- Amiga, tudo bem se eu fizer com o Harry? – Ashley se aproximou de mim e colocou a mão no meu ombro
- Tudo, fofa – continuei com a cabeça abaixada e Ash foi em direção ao namorado.
- Sozinha? – Zachary se aproximou de mim e sentou na cadeira que estava na frente da minha.
- Sim, Ashley vai fazer com o Harry – levantei a cabeça e fiquei com medo do meu rosto ter ficado marcado, mas acho que estava normal, se estivesse com algo errado com certeza Efron estaria rindo de mim.
- Também estou – Zachary fez cara de triste.
- E o Justin, Diego...
- Eles vão fazer juntos. Acho que sobrei – ele manteve a cara de triste.
- Bom, acho que também – olhei para Ashley que estava rindo e abraçada com Harry.
- Então vamos fazer juntos! – ele levantou e foi pegar seu material me deixando falando sozinha.
- Claro! Por que não? – falei para mim mesma e depois ri da situação.
- O que tem que fazer, professora? – Zachary perguntou com o material na mão.
– Vocês terão que escrever um texto e mandar para mim até amanhã. – a professora o respondeu.
- Pode fazer lá fora? – um aluno gritou para a professora.
- Sim, sim – ela balançou a cabeça respondendo a pergunta.

- Ta bom ali? – Efron apontou para um gramado que tinha no pátio do colégio, com uma árvore e algumas duplas fazendo o trabalho.
- É... Gostei – sorri e sentei em um canto do gramado, abri meu caderno peguei minha caneta.
- Por onde começamos? – Zachary sentou ao meu lado e ficou olhando minhas folhas.
- Ér, eu tive uma ideia, mas esquece. – abaixei a cabeça e corei.
- Hey Van, fala – Efron estava com uma voz doce e eu levantei minha cabeça.
- Esquece, talvez não seja uma boa ideia. – e depois falei muito baixo, para ele não ouvir – Para nós.
- Por favor, fala – ele segurou meu queixo e eu olhei freneticamente para seus olhos que me deixavam hipnotizada. Eu me aproximei de seu rosto sem que eu quisesse e ficamos a centímetros, agora foi a fez dele se aproximar e nossos lábios quase se tocaram quando eu percebi o que estava fazendo e me afastei pigarreando e o vi corar, pela primeira vez – Ér... Não vai falar?
- Ok, ok – me distanciei mais um pouco por precaução – Podemos pegar um bom texto daquelas... – abaixei um pouco a cabeça por vergonha – Bom, aquelas cartas que você me mandava, quando... Quando na-namorávamos – gaguejei ao falar a última palavra e ele percebeu. Por que era tão difícil falar isso? Foi apenas uma fase! Ponha isso na cabeça, Vanessa Hudgens.
- É... – ele começou a arrancar a grama – Podemos fazer isso.
- Ok, então – sorri – Quando acabar a aula você vai lá na minha casa e fazemos o texto.
- Espera aí. Você tem as cartas? – Zachary parou de arrancar grama e olhou para mim espantado.
- Ér... Eu guardei, caso precisasse – “Ok, não foi a melhor desculpa, Van” pensei. E Zachary sorriu.
- Eu sei que você me ama. – ele fez uma cara de poderoso e riu depois, acabei rindo também.

Depois de uns bons tempos de aula que acabaram comigo, finalmente fui para casa, com Zachary.

- There's only 1 way, 2 do, 3 words, 4 you. – Zachary cantarolava a música que havia cantado no último trabalho que tinhamos feito enquanto chegávamos ao meu quarto.
- Aqui! – peguei uma das cartas em um mural junto com fotos – Que tal essa?
- Deixa-me ver – falou e no mesmo instante pegou a folha da minha mão. Ele leu e olhou para mim – Tem certeza?
- Ah, é bonito – eu puxei a carta da mão dele – Eu gosto destas frases – li o que estava escrito.
- Sério? Eu acho idiota – ele sorriu envergonhado.
- Que nada. – sorri para ele.
- Vai usar que frase?
- Que tal essa? – mostrei para ele.
- Seu sorriso era algo que me envolvia, me fazia bem ouvir sua voz, sentir seu abraço, sempre queria estar ao seu lado. Demorei a descobrir o que sentia exatamente, evitava pensar, mas era algo que constantemente vagava minha mente. Passei a ignorar o que meu coração sentia, mas o tempo foi passando e eu perdi a noção. Hoje já é tarde... É tarde para ver o sol e tentar alcançá-lo, tarde para fugir, feito novamente uma criança. Tarde para dizer que resta esperança... É tarde para dizer a você o quanto é bom estar contigo e confessar que era você o meu abrigo. – ele leu e eu fiquei o encarando como se ele falasse isso para mim, meu coração disparou e eu corei.
- Tudo bem, Van? – ele perguntou me vendo bem corada.
- Não, mas esquece – eu abaixei a cabeça e fiquei vendo nossos pés, até que os dele se aproximou dos meus e eu arregalei os olhos.
- Me fala, por favor – ele sussurrava perto da minha cabeça e eu entrei em pânico.
- Ér… – eu abaixei a cabeça e senti que ele olhou para mim – Eu… – hesitei em falar – EU TE AMO! – levantei a cabeça e vi que ele me olhava espantado.
Eu não devia ter falo isso, não devia ter feito isso, ele não me ama! Por que eu tive que falar? De repente seu rosto foi se aproximando do meu, cada vez mais perto, comecei a sentir seu perfume doce, o cheiro invadiu meus pulmões, comecei a sentir sua respiração perto do meu rosto, cada vez mais próximo, cada vez mais forte e mais quente.
Soltei um suspiro de prazer e meu coração acelerava cada vez mais, parecia que ia explodir e, finalmente, nossos lábios se encostaram; Eles estavam quentes e cada vez mais pressionados, eles me lembravam o passado, quando isso era parte da minha rotina, do meu dia-a-dia, quando éramos namorados, quando ele me escrevia cartas, falava que me amava e que eu era a única na vida dele... De repente aparece uma garota idiota que diz ser uma antiga namorada dele e, simplesmente, ACABA COM O NOSSO NAMORO e eu fiquei por dias chorando; Sem querer comer, sem quere viver, mas agora eu voltei. Voltei àqueles dias que eu era feliz com um garoto lindo sempre ao meu lado, sorrindo, me amando... Nossos lábios se separaram e encostamos nossas testas.
- Vou admitir que sentia saudade disso. – ele sorriu e me beijou novamente, me arrepiando toda. Eu sorri e corei – Sabe... Agradeço muito a essa carta.

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