domingo, 12 de junho de 2011

Afraid ~ Chapter 7

Minha cabeça já estava doendo de tanto chorar, mas eu não conseguia voltar para casa. Ele estava a beijando de novo, do mesmo jeito que havia acontecido antes: eu ia a casa dele e passava pelo maldito corredor, virava para o quarto e o via beijando aquela garota que só vivia para me atormentar; E ela estava fazendo isso de novo, do mesmo jeito.
Levantei devagar até o carro e tentei me recompor do que aconteceu, eu não podia ficar assim por causa de um pegador sem coração.
Entrei no carro e abri o vidro, quando ouço gritos chamando o meu nome, olhei pelo retrovisor e vi que Zachary estava correndo desesperadamente até o carro. As lágrimas desceram novamente pelo meu rosto e eu liguei-o. Ia acelerar o deixando lá trás, mas ele apareceu no vidro segurando o carro.
- Vanessa, não foi isso que aconteceu! Por favor, me escute! – ele suplicava na porta e a vontade de acelerar o carro e deixar ele ali era muito grande.
- Ah, e o que aconteceu dessa vez? Ela te beijou a força novamente? – fiz cara de deboche e desliguei o carro.
- Fez! Me beijou assim que você chamou na porta. – ele segurou mais ainda o vidro, acho que ele saiba que eu ai sair dali, então tentou me prender lá.
- Não vou perder o meu tempo ouvindo idiotices suas não, Efron – eu liguei o carro novamente.
- Não, Vanessa! Confia em mim! – o seu rosto era de desespero.
- Você prometeu, e a beijou. Acha mesmo que eu vou confiar em você? – acelerei o carro e fui embora o deixando para trás.
Que ele fique com aquela cobra, que morra com ela, não quero mais perder o meu tempo com aqueles dois frustrados.

Cheguei em casa e me tranquei no quarto, fiquei um bom por lá. Não queria mais pensar no Zachary, mas ele não saia da minha mente. Tomei um banho demorado, peguei um livro bom e muito grande, para deixar minha mente ocupada por um tempo e deitei na cama para ler. Escutei a campainha da porta tocar, desci as escadas e odiei a minha mãe por não ter comprado uma porta com olho mágico. Abri a porta e dei de cara com Zachary com um rosto de desespero e todo molhado de chuva. O cheiro de terra molhada invadiu a sala e eu limpei as lágrimas do meu olho rapidamente, me achando uma idiota por pensar que ele não ia perceber que eu tinha chorado. Esperei ele dizer alguma coisa, mas ele apenas olhava fixamente para mim. Sem dizer nada. Segurei a porta e a empurrei para fechar na cara dele, porém ele segurou.
- Van... – ele abriu de novo a porta, empurrando-a contra mim.
- Vanessa. – eu o corrigi, não queria que ele me chamasse pelo apelido, não nessa situação que nos encontrávamos.
- Me desculpa, tá? Ela me beijou! Eu não gosto dela. Não é dela que eu gosto! É de você. Você...
- Não é de mim, Efron... Quando eu cheguei lá vocês estavam se beijando. Não é de mim que você gosta.
- Vanessa, se eu não te amasse você acha mesmo que eu ia vir até aqui a pé, na chuva, só para tentar explicar que você é a mulher da minha vida? Que a Raven é uma problemática que só quer acabar com o nosso amor? Poxa, eu te amo! Amo seus olhos, seu cheiro, seu cabelo, seu jeito. Quando nós namorávamos, ela me beijou e acabou com o nosso relacionamento, eu sofri e muito. Eu te perdi e não vou perder novamente. Não vou.
Ele se aproximou e eu fiquei sem reação. Zachary segurou meu rosto e me beijou. Seu corpo estava gelado por causa de chuva, mas eu não liguei, só queria aproveitar esse momento. Ele me beijava intensamente e eu não conseguia me separar dele, mas eu tinha que fazer isso, precisava. Empurrei-o para longe de mim.
- Vanessa, eu... – ele ia começar a falar, mas parou assim que sentiu sua bochecha arder por causa do tapa que dei em sou rosto. Ele colocou a mão na bochecha e olhou para mim com cara de dor. – Desculpa, eu sou um idiota mesmo... Eu merecia isso e sei disso. Vou te deixar em paz. Adeus.
O adeus que ele disse, me fez desabar.
Cai no chão e comecei a chorar descontroladamente, não conseguia suportar perdê-lo, de novo... Pelo mesmo motivo, do mesmo jeito. Ele ia embora e eu ia me sentir como se tivesse perdido uma parte de mim.
- Vanessa, por favor. Me dá uma chance, só essa. Eu vou expulsar ela da minha casa e nunca mais vou vê-la! Por favor, só uma chance. Eu te amo – ele chorava assim como eu – Eu te amo de verdade. Fica comigo.
Eu não sabia o que fazer. Eu o amava, mas ele tinha beijado outra. Se eu desse a chance, ele ficaria comigo de verdade?
Não tinha outra escolha. Eu o amava.
- Você é um idiota, como pode fazer isso comigo? – eu falava entre soluços – Eu te amo! Você não pode me fazer sofrer assim... Você prometeu!
- Desculpa. Eu juro que agora vai ser diferente. Ela sai da minha casa e da minha vida hoje ainda. – ele se aproximou de novo, mas esperou eu o beijar. Ele não queria levar outro tapa, acho. E foi o que eu fiz, o beijei, beijei de novo e mais uma vez... E ficamos assim por um bom tempo.

- Vai, minha mãe já vai chegar! – eu o empurrei para fora de casa.
- Ei – ele parou e olhou para mim.
- Que foi?
- Eu te amo. – ele falou, depois sorriu e me beijou de novo.
- Tchau, seu chato. – sorri para ele e o empurrei de novo para fora de casa.
Fechei a porta e me encostei nela, sorrindo abobada. Dessa vez Zachary era meu e não ia o deixar escapar de novo.
Abri a porta devagar e o vi pulando e dançando no meio da rua. Sorri, fechei a porta e subi para meu quarto.

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